D. Crisóstomo d’Aguiar
Toda a Missa, desde o “Gaudete“, alegrai-vos (Introito), está impregnada de um vivo sentimento de gozo, como se a Igreja, movida pelo pensamento da vinda do Salvador, nos quisesse minorar o que tem de austero as penitências do tempo. Contido largos dias, um pensamento de alegria desborda hoje: — Está próximo o Senhor, alegrai-vos! E, apressando o Advento, como se lhe pede (Aleluia), virá comunicar-se-nos, depondo em nossas almas os salutares efeitos da sua Redenção, aumentando-nos a fé e a caridade. “Vem próximo o Senhor, acrescenta ainda São Paulo (Epístola), alegrai-vos, outra vez vos digo, alegrai-vos”. “Eis que virá o nosso Deus (Comunhão) e virá para nos salvar!” “Senhor, vinde e salvai-nos!” O santo Precursor (Evangelho) anuncia a vinda do Messias, canta-lhe as grandezas, humilha-se em sua presença, porque “não é a Luz, mas veio dar testemunho de Jesus — a Luz verdadeira”. A fama crescente, que os prodígios da vida austera de João estendiam de mais em mais, começara de inquietar os fariseus que mandaram ao profeta sacerdotes a informarem-se se era o Messias prometido, Elias, ou algum dos profetas. João Batista afirma que a sua missão era apenas preparar, chamando à penitência, os caminhos do Desejado das Nações.
O Salvador vem! Sejam cada vez mais fortes a nossa fé, a nossa esperança em Jesus! Ele vem! Preparemo-nos pela oração “para a solenidade que se aproxima (Pós-comunhão)” e aguardemos com santa alegria “a graça da visitação de Deus” (Oração).
Segue abaixo texto com o próprio da Missa do Terceiro Domingo do Advento.