Sociedade civil católica, destinada à difusão da Cultura Ocidental e à atuação política em defesa da família, em observância à Doutrina Social da Igreja.

Décimo Oitavo Domingo depois de Pentecostes

D. Crisóstomo d’Aguiar

Aparece nestes dias a abundância da paz! Chamar-se-á príncipe da paz! Tais eram os oráculos dos profetas que, por paz, entediam a abundância dos bens celestes que o Messias havia de trazer à verdadeira Jerusalém, a Igreja, a cidade da paz.

Com o povo eleito, peçamos que Jesus venha a nós, em nossas almas estabeleça o seu reinado; aproveitemo-nos das suas riquezas, cantando com alegria a magnificência com que se realizou na terra a paz, pois, na casa de Deus, encontramos, com ela, a luz, a liberdade, a vida da alma (Introito).

Supliquemos a Deus (Oração) que seja duradouro em nossas almas tal gozo, guiando nós os passos nos caminhos da sua vontade.

Semelhantes ao paralítico (Evangelho), não andaríamos sem tropeçar nas sendas difíceis do bem, mas com Aquele que “dirige nossos passos no caminho da paz”, corremos seguros na lei do Senhor.

Foi Jesus (Epístola) que nos enriqueceu de meios e graças que nos conservarão solidamente enraizados na verdade, fonte de toda a paz. É certo que temos a alma emperrada para a virtude, mas se nos são perdoadas as ofensas, caminharemos na doce consolação de nos vermos reconciliados com o Céu, de posse dos tesouros da amizade divina. Cantemos, pois (Gradual) a segurança, que nos dá a paz em Jerusalém, a cidade santa das nossas almas, quando nos sentimos cumulados de bens de Deus, e “participantes da divindade soberana” (Secreta). Inflame nossos desejos a riqueza insondável do altar, e digamos com Davi: “Vossos altares, Senhor!… que amáveis são, ó Deus, os vossos Tabernáculos! Por eles suspira a minha alma!”


[Segue abaixo o texto do próprio da Missa do Décimo Oitavo Domingo depois de Pentecostes]