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Princípios Fundamentais de Pedagogia – Hugo de São Vitor

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Descrição

O objetivo deste livro é o de apresentar uma concepção de pedagogia bastante diversa do que a maioria dos mais arrojados educadores modernos ousaria conceber.

E, não obstante isso, não se trata de uma utopia, como tantas que foram registradas nos anais da história da educação, nem apenas um projeto, mas algo que foi realidade durante gerações, não em alguma civilização distante, mas na Europa do século XII. E, no entanto, ainda apesar disso, a pedagogia aqui descrita transcende a época em que se realizou como fato histórico; ela pertence, pensamos também nós, ao número daquelas coisas que não passam mais. Foi por isto que demos a este livro o título simplesmente de Princípios Fundamentais da Pedagogia.

Hugo de S. Vítor manifestou, em uma tenra idade ainda, seu amor pela ciência. No início do livro sexto do Didascalicon, em uma das pouquíssimas páginas de suas obras em que ele fala de si próprio, Hugo escreve:“Eu ouso afirmar que nunca desprezei nada que pertencesse ao estudo; ao contrário, frequentemente aprendi muitas coisas que outros as tomariam por frívolas ou mesmo ridículas”.

Em seguida, na mesma passagem, ele nos descreve diversas destas atividades de quando era ainda jovem estudante. Entre elas incluem-se estudos relacionados com a ampliação do vocabulário, como primeiro passo para compreender a natureza das coisas; resumir no fim do dia todos os raciocínios feitos durante o mesmo, para guardar na memória suas seleções e seus números; procurar sempre investigar a causa de tudo; anotar as disposições controversas das coisas; estar sempre alerta para distinguir o discurso de um orador do discurso de um sofista; cálculos matemáticos executados no chão com pedaços de carvão; cálculos geométricos; teoria musical; e afirma também haver passado numerosas noites contemplando as estrelas do céu. No fim, Hugo acrescenta:“Algumas destas coisas são pueris, é verdade. Todavia não foram inúteis. Não estou te dizendo isto para jactar-me de minha ciência, mas para te mostrar que o homem que prossegue melhor é o que prossegue com ordem, não o homem que, querendo dar um grande salto, se atira no precipício. Assim como as virtudes, assim também as ciências têm os seus degraus. É certo, tu me poderias replicar: ‘Mas há coisas que não me parecem ser de utilidade. Por que eu deveria manter-me ocupado com elas?’ Bem o disseste. Há muitas coisas que, consideradas em si mesmas, parecem não ter valor para que se as procurem, mas, se as olhares à luz das outras que as acompanham, e começares a pesá-las em todo o seu contexto, verificarás que sem elas as outras não poderão ser compreendidas em um só todo e, portanto, de forma alguma devem ser desprezadas. Aprende-as a todas, verás que depois nada será supérfluo. Uma ciência resumida não é uma coisa agradável”.


SUMÁRIO

I. INTRODUÇÃO GERAL ……………………………………………………. 7
1. Princípios fundamentais de pedagogia………………………….. 7
2. Influência da escola de São Vítor ………………………………… 11
3. Obras pedagógicas de Hugo de São Vítor ……………………. 13
4. Uma pedagogia centrada no aluno ……………………………… 14
5. Um princípio básico da educação vitorina……………………. 16
6. A presente tradução……………………………………………………. 21

II. ENSAIO SOBRE A FUNDAÇÃO DA
ESCOLA DE SÃO VÍTOR DE PARIS……………………………………. 25
1. O Ensino em Paris no século XII………………………………….. 25
2.Primeiras origens de São Vítor…………………………………….. 26
3. Primeiros anos de Guilherme de Champeaux……………….. 27
4. Origem da escola de São Vítor…………………………………….. 28
5. Guilherme é elevado a bispo. Morte de Guilherme ……….. 29
6. Guilduíno abade de São Vítor ……………………………………… 30
7. O governo dos cônegos de São Vítor …………………………… 32
8. A biblioteca………………………………………………………………… 35
9. A Escola de São Vítor………………………………………………….. 37
10. Nascimento e juventude de Hugo de São Vítor……………. 39
11. Hugo professor em São Vítor. Sua morte …………………… 44
12. Doutrina de Hugo de São Vítor ………………………………….. 45
13. Método pedagógico de Hugo ……………………………………. 57
14. Os estudos no XIIº Século ………………………………………… 60
15. Obras de Hugo de São Vítor ……………………………………… 63
16. Conclusão ………………………………………………………………. 68
 
III. OPÚSCULO SOBRE
O MODO DE APRENDER E DE MEDITAR…………………………… 71
IV. OPÚSCULO SOBRE A ARTE DE MEDITAR ……………………. 79
1. Os Três Gêneros de Meditação…………………………………… 79
2. As Meditação das Criaturas ………………………………………. 79
3. A Meditação das Escrituras……………………………………….. 80
4. A Meditação Sobre os Costumes ……………………………….. 82
5. Outros Requisitos da Meditação Sobre os Costumes…… 83

 

V. TRATADO DOS TRÊS DIAS…………………………………………… 91
1. Sobre a Filosofa
Introdução, extraída dos livros do Didascalicon.………………. 91
2. Inicia-se o Tratado dos Três Dias
A Contemplação do verbo de Deus pelas coisas visíveis…. 101
3. A Imensidade das Criaturas………………………………………. 104
4. A Beleza das Criaturas …………………………………………….. 106
5. A Beleza de Posição…………………………………………………. 109
6. A Beleza do Movimento…………………………………………….. 115
7. A Beleza da Espécie………………………………………………….. 117
8. A Beleza da Qualidade ……………………………………………… 122
9. A Utilidade das Criaturas…………………………………………… 123
10. Conclusão da contemplação das coisas visíveis………. 125
11. A consideração das coisas invisíveis ………………………. 127
12. A Existência de Deus………………………………………………. 129
13. A Unidade de Deus…………………………………………………. 133
14. A Trindade de Deus ……………………………………………….. 142
15. Os três dias da luz invisível……………………………………… 151

 

Ficha técnica

 

Número de Páginas: 160

Editora: Associação Centro Cultural Hugo de São Vitor

Idioma: Português

ISBN:978-65-80025-00-8

Dimensões do Livro: 14 x 22 cm. – Capa Dura